Que Tempos os Nossos...

Que tempos os nossos...

Em que o Nome de Jesus está dissociado da pessoa de Jesus!

Em que as riquezas atraíram líderes outrora comprometidos com a Sã Doutrina!

Que tempos os nossos...

Onde os adoradores são substituídos pelos artistas gospel e a pregação é trocada pelo “louvorzão”!

Onde a ignorância impera soberba nos púlpitos e as heresias, de tão comuns que estão já foram canonizadas como verdades!

Que tempos os nossos...

Em que barulho e gritaria são sinônimos de avivamento, e mundanismo é sinônimo de estratégia para atrair almas!

Em que novidades importadas são tidas como “Mover de Deus” e líderes manipuladores como arautos do Altíssimo!

Que tempos os nossos...

Onde doutrinas humanas relativizam a cruz de Cristo!

Onde moralismos hipócritas anulam a verdadeira santidade!

Que tempos os nossos...

Em que se paga dízimos e ofertas para ouvir uma palavra de auto ajuda!

Em que se barganha com Deus para obter Suas bênçãos!

Que tempos os nossos...

Onde a força do dualismo ontológico-espiritual oriundo da influencia maniquéia faz Deus e o diabo disputarem em pé de igualdade!

Onde a pretensa sabedoria humana faz de Deus um ser ignorante quanto ao futuro furtando-lhe a soberania!

Que tempos os nossos...

Em que o Evangelho da Graça subjaz ofuscado pelos sacrifícios meritórios humanos!

Em que a livre leitura das Escrituras acompanhada por uma livre interpretação da mesma, resulta neste lixão teológico-espiritual de porcarias descartáveis!

Que tempos os nossos...

Onde as riquezas insondáveis de Deus são usadas como merchandising no mercado da fé para gerar lucro no bolso dos falsos profetas!

Onde a nossa imerecida salvação é colocada na “vitrine” de mamom e é vendida por migalhas!

Que tempos os nossos...

Em que o superficial e o supérfluo dominam os púlpitos das igrejas apenas como conseqüência de já terem dominados os “púlpitos da vida”!

Em que o antropocentrismo das músicas evangélicas forma, não apenas o repertório, mas o ego daqueles que cantam!

Que tempos os nossos...

Onde boa parcela da chamada igreja evangélica vende sua alma para obter vantagens e favores através da política!

Onde a conveniência e o cinismo burlam a integridade da alma cristã com tamanha facilidade favorecida pelos mesmos cristãos que se permitem tal ato!

Que tempos os nossos...

Onde ser pastor de rebanho não é mais excelente, posto que o que se busca é ser apóstolo de nações!

Onde o ter é ser visto como alvo das bênçãos de Deus!

Que tempos os nossos...

Em que se marcha para “Jesus” uma vez por ano, enquanto se nega o Seu santo Evangelho todos os dias com ações e pregações antibiblicas!

Em que o sacerdócio é novamente centralizado na figura do líder e princípios convenientes da lei são resgatados na teimosa tentativa de judaizar o cristianismo!

Que tempos os nossos... e que costumes!

Sempre em Cristo... em quem tempos são relativos e costumes passageiros, mas Sua palavra permanece para sempre!

Joacy Júnior.