Nada Além do Sangue

01/06/2012 01:00

 

“Nada além do sangue de Jesus”. Particularmente acho essa letra muito linda e com um poder conscientizador acerca da expiação muito eficaz.

Acontece que as igrejas têm colocado muitas coisas “além do sangue de Jesus”. Na verdade a prática de fé de muitas igrejas é “nada aquém do sangue de Jesus”, visto que muitos conceitos estão enfaticamente além do sangue.

O escritor da carta aos hebreus vai dizer que “sem derramamento de sangue não há remissão de pecados”. O sangue de Jesus derramado na cruz por nós é para nos remir de todo pecado e injustiça, e ainda à luz da Bíblia, só os remidos serão salvos, só os remidos têm paz com Deus, só os remidos estão potencializados por Deus a serem santos, só os remidos amam a Deus verdadeiramente.

Não obstante, as igrejas que cantam “nada além do sangue de Jesus”, apenas cantam, pois suas pregações (e por pregação eu estou me referindo não apenas ao sermão que é teoricamente ensinado dos púlpitos das igrejas, mas também e, sobretudo, aquele que é visível através do púlpito da vida) têm colocado o conceito do sangue de Jesus como menos importante, logo, “nada aquém do sangue... nada aquém do sangue... nada aquém do sangue de Jesus”.

Ora, “nada além do sangue” supõe que o sangue de Jesus está acima de todos os demais conceitos; supõe que só pelo sangue de Jesus é que chegamos “a todas as alturas, onde ouço a Tua voz” e que este sangue “fala de Tua justiça pela minha vida, Jesus este é o teu sangue”.

Agora, “nada aquém do sangue” supõe que tudo está além do sangue, logo, numa lista de prioridades, o sangue purificador do Filho de Deus está em último lugar. Ou seja, existe o sangue, e, depois dele existem conceitos muito mais importantes (ainda que não exista, obviamente, “nada além do sangue de Jesus” que nos conduza às alturas – à eternidade, à salvação, à remissão de pecados, ao perdão, à paz com Deus, etc...).

“Nada além do sangue...” é o mesmo que dizer que tudo está abaixo do sangue. Que o sangue de Jesus, e apenas o sangue, purifica do fardo do pecado e do fardo da religião.

É uma incoerência cantar sem nem se dá conta do que se está cantando. Sim, porque cantam um conceito de que não existe “nada além do sangue de Jesus”, mas em sua práxis religiosa vivem como se o sangue fosse o menos importante, priorizando preceitos religiosos que chegam a subestimar o sangue de Jesus.

“Nada além do sangue de Jesus”: nem maldição, nem essa prosperidade tão pregada e almejada pela igreja, nem os ‘princípios’ cujo princípio é um fim em si mesmo, nem as estratégias humanas, nem os títulos ministeriais, nem a Bíblia como letra escrita, visto que por ela as heresias ganham “fundamentação”, nem a própria vida, visto que sem o sangue de Jesus até a vida perde o sentido de ser... Enfim, “NADA além do sangue... de Jesus”.

 

Sempre em Cristo... Cujo sangue derramado na cruz está acima de todo “princípio” bíblico que só é princípio se entendido a partir do sangue.

Joacy Júnior.

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